sábado, 6 de fevereiro de 2010

Música (Sintonize)


OS PARALAMAS DO SUCESSO
Acústico MTV
O Acústico dos Paralamas demorou a sair - foi o décimo que a MTV Brasil realizou em sua história -, mas ninguém pode dizer que não foi caprichado. Depois de dois anos testando sets acústicos no meio dos shows elétricos e fazendo apresentações-surpresa com o novo formato, a banda se sentiu preparada para gravar o especial, em junho de 1999, no ambiente clássico do Parque Lage (RJ). O disco, lançado no mesmo ano, foi um dos maiores sucessos de vendagem dos Paralamas, guindado pelas novas versões de Que País É Esse e Meu Erro (que conta com participação de Zizi Possi).
Apesar de boa parte do repertório contar com músicas pouco conhecidas pelo público, o álbum vendeu 500 mil cópias e ainda ganhou o prêmio de melhor álbum de rock brasileiro pelo Grammy Latino em 2000.

Músicas:
1. Vulcão Dub/Fui Eu
2. O Trem da Juventude
3. Manguetown
4. Um Amor, Um Lugar
5. Bora-Bora
6. Vai Valer
7. I Feel Good/Sossego
8. Uns Dias
9. Sincero Breu
10. Meu Erro
11. Selvagem
12. Brasília
13. Tendo a Lua
14. Que País é Este
15. Navegar Impreciso
16. Feira Moderna
17. Lourinha Bombril (Parate y Mira)
18. Vamo Batê Lata
19. Life During Wartime
20. Nebulosa do Amor
21. Caleidoscópio


Fontes:
http://cliquemusic.uol.com.br/discos/ver/acustico-mtv--os-paralamas-do-sucesso
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ac%C3%BAstico_MTV_(Os_Paralamas_do_Sucesso)

Filme [Essencial]

O Enigma de Kaspar Hauser
(Jeder für Sich und Gott Gegen Alle)
Ano: 1974
Direção: Werner Herzog
Elenco:
 Helmut Döring (Pequeno Rei)
Bruno S. (Kaspar Hauser)
Walter Ladengast (Professor Daumer)
Brigitte Mira (Kathe, Servant)
Willy Semmelrogge (Diretor do circo)
Michael Kroecher (Lord Stanhope)
Hans Musaeus (-)
Volker Prechtel (Guarda da prisão)

"Considerado como a grande obra-prima de Herzog."

"Um filme, mais do que apenas inteligente,
profundamente comovente, e sobretudo humano."

"O Enigma de Kaspar Hauser é um filme indispensável para educadores,
psicólogos e admiradores do bom cinema."
 
Sinopse:
Kaspar Hauser é um jovem que foi trancado a vida inteira num cativeiro, desconhecendo toda a existência exterior. Quando ele é solto nas ruas sem motivo aparente, a sociedade se organiza para ajudar Kaspar, que sequer conseguia falar ou andar, mas este logo acaba se tornando uma atração popular. Baseado em uma história real.
O filme inicia mostrando um jovem acorrentado em um porão, alimentado por um homem misterioso. O prisioneiro brinca com um cavalo de madeira, e o nome do objeto é a única palavra que pronuncia: cavalo. O homem quer que o jovem aprenda e escrever e lhe dá papel e tinta. O jovem aprende a escrever seu nome, Kaspar Hauser.
Depois, o misterioso homem retira Kaspar do porão durante a noite e o deixa numa cidade próxima, em 1828, com uma carta para o oficial da guarda. Perplexos com a figura, os moradores o deixam prisioneiro numa torre. O rapaz não é violento e se mostra inteligente, surgindo rumores de que ele pertença à nobreza. Durante dois anos, ele amplia seu vocabulário ensinado por uma família que o ajuda e por um padre. Ele aprende facilmente música, tricô e jardinagem, mas é um fracasso em compreender as convenções da época, principalmente às ligadas à sociedade, ciência e religião.
"Vocês não ouvem os assustadores gritos ao nosso redor que habitualmente chamamos de silêncio?"
(Prólogo do Filme O Enigma de Kaspar Hauser de Herzog, 1974)

O caso de Kaspar Hauser serve para ilustrar o erro básico de uma organização social fundada sobre os princípios do racionalismo positivista. Mostra-nos que a "humanização" do homem, entendida como socialização, não é uma decorrência biológica da espécie, mas conseqüência de um longo processo de aprendizado com o grupo social.
Através desse processo, o indivíduo se integra no grupo em que nasceu, assimilando o conjunto de hábitos e costumes característicos desse grupo. Participando da vida em sociedade, aprendendo suas normas, valores e costumes, o indivíduo está se socializando, reprimindo suas características instintivas e animais e desenvolvendo as sociais e culturais, fazendo, assim, a "passagem da natureza para a cultura," aprendendo a ver com os "óculos sociais," tornando-se, como nos disse C. Dickens, "um animal de costumes."
Kaspar Hauser nunca se transformou nesse animal de costumes; no máximo, poderia ser visto como "domesticado" pela sociedade da época.
Um dos mais conhecidos e importantes longas-metragens alemães produzidos na década de 1970, “O Enigma de Kaspar Hauser” (Jeder für sich und Gott gegen alle, Alemanha, 1974) é uma demonstração perfeita de que o Cinema pode ser, mais do que uma arte, também uma ferramenta científica importante. Ao narrar com uma abordagem concisa um episódio real ocorrido na cidade de Nuremberg, durante a primeira metade do século XIX, o cineasta Werner Herzog abordou, de forma espontânea, questões essenciais que a Filosofia e a Religião não conseguem responder com clareza.
Jeder für sich und Gott gegen alle, é um dos mais celebrados filmes do diretor Werner Herzog. O trabalho, cujo título significa, em tradução literal, "cada um por si e Deus contra todos", narra a história de Kaspar Hauser, uma criança abandonada envolta em mistério, encontrada na Alemanha do século XIX, com alegadas ligações à família real de Baden.
Na lápide de Kaspar Hauser, no cemitério de Ansbach, na Alemanha, há uma inscrição que diz: "Hic occultus occultu uccisus est." Quer dizer: "Aqui jaz um desconhecido assassinado por um desconhecido." Nada resume melhor o misterioso percurso da vida e morte deste homem.

Premiações:

Ganhou o Prêmio Ecumênico do Júri no Festival de Cannes, 1974.
Ganhou o Prêmio FIPRESCI no Festival de Cannes, 1974.
Ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes, 1974.


Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Enigma_de_Kaspar_Hauser
http://www.cineplayers.com/filme.php?id=796
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65642001000200007&script=sci_arttext
http://www.sobaminhalente.com/o-enigma-de-kaspar-hauser/
http://www.cinereporter.com.br/dvd/enigma-de-kaspar-hauser-o/
http://www.netmovies.com.br/filmes/o-enigma-de-kaspar-hauser.html

Literatura [Agora]


PARA GOSTAR DE LER
Poesia Marginal (Vol. 39)
Autores:
Ana Cristina Cesar, Cacaso, Chacal,
 Francisco Alvim e Paulo Leminski

Na década de 1970 não era raro encontrar em portas de bares, teatros e cinemas de grandes cidades brasileiras alguns poetas vendendo seus livros, em geral Produzidos com parcos recursos gráficos. O conteúdo desses volumes perpetuou-se na memória dos leitores e dos críticos literários Sob a denominação de poesia marginal.
Não é por acaso, portanto, que uma prestigiada coleção "Para Gostar de Ler"Tenha incluído nenhum rol de seus excelentes títulos Poesia marginal, Um mosaico ilustrativo dessa expressão poética brasileira OS, com trabalhos de Ana Cristina Cesar, Paulo Leminski, Chacal, Francisco Alvim e Cacaso.
Paulo Leminski Era um apaixonado pelas experiências de linguagem dos poetas concretos, mas também usava vocabulário comum, do dia-a-dia. "Eu, hoje, acordei mais cedo / e, azul, tive uma idéia clara. / Só existe um segredo. / Tudo está na cara."Esse poema, tão característico de Leminski, Nem precisou de título.
Já a poesia de Cacaso apresenta, num primeiro momento, certa influência simbolista. Depois, passa a ser mais descarnada, coloquial humorada como em E, final feliz: "O meu amor e eu / nascemos um para o outro / agora só falta quem nos Apresente".
Musa da poesia marginal, Ana Cristina Cesar influiu ativamente na vida cultural carioca dos anos 1970, redigindo artigos em jornais e participando de debates. Em Poesia marginal, Ela nos brinda, poemas entre outros, com Vacilo da vocação: "Precisaria trabalhar - afundar - / - loucas como você - saudades - / nesta arte - ininterrupta - / pintar de - / A poesia não - Telegráfica - ocasional - / me deixa sola - solta - / à mercê do impossível - / - fazer real ".
No caso de Chacal, Uma presença de Oswald de Andrade em sua veia poética é assumida. Uma pitada Em Da poesia de Chacal Reclame: "Se o mundo não vai bem / a seus olhos, use lentes / ... ou transforme o mundo / ótica olho vivo / agradece a preferência".
O poeta e diplomata mineiro Francisco Alvim, Ainda hoje em plena atividade literária, apresenta em sua poesia uma vertente lírica e outra mais marcada pela reflexão social. Assim se expressa em discordância: "Dizem que quem cala consente / eu por mim / quando calo dissinto quando falo / minto".
O amor, o sexo, a poesia, a política, o medo ea vontade de cair fora, tudo isso aparece nos poemas reunidos neste livro. Todo o clima dos anos 70 você vai reencontrar aqui, nos versos breves e contundentes de cinco dos mais representativos autores da Geração Mimeógrafo.
Dos cinco poetas representados em Poesia marginal, Três já faleceram. "Primeiro foi Ana Cristina, Que Cometeu uma indelicadeza de se matar, aos 31 anos, em 1981, depois, Cacaso, Que em 1987, aos 43 anos, teve uma parada cardíaca e se foi, por último, em 1989, partiu Paulo Leminski, O genial `cachorro louco ', que tinha vindo para bagunçar o coreto bem-comportado da poesia", lê-se em O "Vento no rosto", texto introdutório do livro.

Fontes:
http://www.atica.com.br/materias/?m=125
http://www.atica.com.br/catalogo/?i=8508101082